Batidas na porta da frente
é o tempo
Eu bebo um pouquinho pra ter
argumento
Mas fico sem jeito, calado
ele ri
Ele zomba de quanto eu chorei
porque sabe passar
e eu não sei
Num dia azul de verão sinto vento
há folhas no meu coração é o tempo
recordo um amor que eu perdi
ele ri
Diz que somos iguais
se eu notei
pois não sabe ficar
e eu também não sei
E gira em volta de mim
sussurra que apaga os caminhos
que amores terminam no escuro
sozinhos
Respondo que ele aprisiona,
eu liberto
Que ele adormece as paixões
e eu desperto
E o tempo se vai com inveja
de mim
Me vigia querendo aprender
Como eu morro de amor
pra tentar reviver
No fundo é uma eterna criança
que não soube amadurecer
Eu posso, ele não vai poder
me esquecer
Aldir Blanc
quarta-feira, 20 de junho de 2012
quinta-feira, 14 de junho de 2012
Sol Adormecido
O sol está dormindo em silêncio
Uma vez em um século
Melancólicos oceanos calmos e vermelhos
Carícias ardentes ao dormir
Por meus sonhos eu continuo minha vida
Por desejos eu contemplo a minha noite
A verdade no fim do tempo
Perder a fé se torna um crime
Eu desejo que esta noite
Dure por uma vida
As trevas em volta de mim
Margens de um oceano solar
Oh, como eu desejo me por com o sol
Dormindo
Chorando
Com você
Sofrimento, é o que tem em um coração humano
De meu Deus eu irei me despedir
Eu velejaria sob mil luas
Nunca achando para onde ir
Duzentos e vinte e dois dias de luz
Serão trocados por uma noite
Um momento para o poeta tocar
Até que não haja mais nada a se dizer
Eu desejo que esta noite
Dure por uma vida
As trevas em volta de mim
Margens de um mar solar
Oh, como eu desejo afundar com o sol
Dormindo
Chorando
Com você
Eu desejo que esta noite
Dure por uma vida
As trevas em volta de mim
Margens de um oceano solar
Oh, como eu desejo me por com o sol
Dormindo
Chorando
Com você
quarta-feira, 13 de junho de 2012
nada é o que parece ser.....
Afinal o que você
espera de mim, ou mesmo o que você quer de mim . Não sou seu
confidente, nem seu amigo, nem seu amante. Não sou seu vizinho,
não viajo pela manhã ao seu lado no ônibus. Não tenho as formas,
nem o cheiro nem o rosto que você quer. Você não me entende
nem conheço meus sonhos não sabe de onde eu vim, não sabe do meu
passado, nem conhece o som da minha risada, nem iria me reconhecer se
eu estivesse na sua frente. As vezes você me vê
como um animal domestico ou um bicho de pelúcia, um quadro na parede
um anel que te enfeita. Outras horas , você me
vê como uma sombra que te segue. Ou um anjo protetor. Nem mesmo você sabe o
meu lugar nessa tua vida, se sou um carma ou uma dadiva.
Por que na verdade não
faço parte dos seus sonhos, não sou nem príncipe encantado nem
cavalo branco nem mesmo sapo, eu falo demais, sou desbocado, grosseiro,
exagerado e quero atenção. Voce me quer por perto, mas não tão
perto, você quer minha proteção mas tem medo de ser protegida, na
verdade nunca ninguém te protegeu, você sempre resolveu tudo sozinha,
uma mulher que não chora, que é autosuficiente que não ama e nem
quer ser amada (você me disse isso), sou um perfeito anti-herói Não
sei quando você vai ler isso, ou o que vai pensar, se vai gostar ou
não, se vai responder se vai guardar, se vai mostrar a sua melhor
amiga, ou mesmo se vai se emociar e chorar como nunca chorou, ou
ainda se vai rasgar e dar muitas risadas e achar tudo isso uma grande
merda. Hoje, eu pouco me importo com sua preciosa opinião.
terça-feira, 5 de junho de 2012
milhoes de palavras
Prefiro palavras, mil
palavras ao seu silêncio, simpatico anonimo e coerente.
Não quero sua
cumplicidade nem coerência.
Só desejo sua
complacência, decência, escrecencia...kkkkkk
Quero mais, quero alem
do desejo e da nudez da sua língua.
Quero, ainda, todas a
impropriedades impossibilidades e mais algumas idades
Quero essa distancia,
Quero olhar ainda mais
uma vez e ver diamantes em pedaços de vidro.
sou de um tempo sem sol
e sem culpa
não me escondo atras
de frases feitas.
sábado, 2 de junho de 2012
Um possivel amor
So podemos saber ou
conhecer esse possível novo amor, depois de ter passado por um desgastado velho amor. Só podemos saber o que é uma possibilidade
de amar, quando notamos um outra impossibilidade de não mais amar, ou
mesmo não mais ser amado. Um novo amor nasce, naturalmente, com ares
de novidade, com um sabor de qualquer coisa muito nova e muito boa. E
essa coisa tem quase tudo do velho amor. Eu sempre procuro por uma
mesma mulher, e um novo amor, e esse desconhecido amor, que atravessa
meus olhos e que me deixa sem voz, sem folego, sem jeito.....esse
amor, começa devagar, cabreiro, com um olhar sem pretensão com
gostos e gestos parecidos. Esse amor tem safadezas, lembranças
libidinosas, olhares compridos e demorados, seu corpo e sua lembrança
parecem únicos, as possibilidades são infinitas as posições
sempre perfeitas.
Chego mesmo a esquecer
meu lado Lobo meu lado bom, caso ele ainda exista, esqueço tudo
menos o cheiro da noite......temos um mundo perfeito, nossa comunhão
nosso encontro nossa casualidade..é somente nesses poucas coisas,
muitas diferenças, que consigo encontrar uma outra coisa, que não
seja eu ou que seja você....tenho a sede de marinheiros, e os mares
que invadem, me levam nesse barco sem remo sem vela sem calado, e
mesmo assim encontro descanso no conforto do seu colo.....desconheço
meus desejos, rejeito minha própria lei, crio e recrio novas
verdades que possam se adaptar a esse novo amor. Tenho ressaca de
beijos, um gosto e uma cor de batom...tenho anticorpos e outros
corpos em que procuro um mesmo afeto. E na sua simplicidade na sua
inquietante busca, e nesse atrito de sua boca com a minha, consigo
achar um sorriso, consigo o teu amor, ou um encanto.
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