quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Lobo de Alabastro

A floresta esta silenciosa, um ar morno e lento paira sobre tudo. As criaturas ainda sonolentas, despertam lentamente do sono invernal. A Senhorita Noite me da, o seu olhar em um sorriso malicioso, e as margens do Lago Azul da Lua eu posso ver refletido o ceu que me espera, os ventos me comprimentam com novas cançoes, trazidas dos cinco cantos do mundo, canções de notas refinadas, de colcheias e semínimas assanhadas, e no campasso dos meus passos, tenho no meu caminhar uma nova historia. Os anjos e santos compartilham com esse pecador suas orações, e a saudade antes guardada, reaparece pecaminosa e covarde, me provocando, contudo ainda tenho as prerrogativas e encantamentos de um Bruxo, ainda tenho o poder da magia. Algumas sombras me rodeiam e sussuram delicados desejos e murmuram suas eternas historias de seus antigos amores. As estrelas cadentes passeiam no ceu como meninas de vestido nilaz, e uma luz amarela que vem do leste, me faz lembrar do Farol de Alexandria, que durante seculos me guiou. Passos lentos e contidos chamam minha atenção, e logo percebo um jovem lobo perdido, no seu olhar conhecçouma grandeza nunca vista, observei ele durante um longo tempo e notei suas feridas. Uma pergunta logo me veio a cabeça.-Os Lobos não esquecem o caminho de casa, nem os errantes, de onde vens. -Meu nome é Alabastro, me tornei errante por não desejar lutar, por querer apenas paz, e por isso me chamaram de covarde. Das suas feridas exalava um balsamo, um Nardo, das sua palavras só percebi verdade e justiça. -O que desejas aqui ? Sua resposta foi rapida. -Quero apenas viver em sua floresta e com sua permissão. Minha resposta tambem bem objetiva.-Voce pode viver aqui o tempo que quiser, tem apenas que sigar os Mandamentos e ser solidario. E assim nos tornamos amigos. Agora havia equilibrio. 

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