terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Sakura

Apesar do inverno ter ido embora, sem ter deixado sua lembrança, ela continuava firme absoluta e eternamente florida. Em sua volta, dois salgueiros brancos gigantes pareciam seus guardiões, seus Samurais. Do lado esquerdo, vários seixos coloridos e risonhos, faziam um atalho ate o grande Lago da Lua, sem muito alarde, aquele pequeno pedaço da floresta é um Santuário. Por vezes, antes da chegada da noite, ela se tornava mulher e caminhava suave sobre as aguas, com passos medidos e de olhar pequeno, emprestando a tudo um colorido flor, sua boca era de um vermelho intenso, um vermelho quase impossível. Tudo era silencio na sua passagem, tudo era encantamento e até os impossíveis e improváveis pássaros de plumagens exóticas, a cortejavam insistentemente, ruidosamente. 
E todos, bichos, flores e frutos aguardavam e se deliciavam com sua floração.

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