Ainda
procuro minha juventude em velhas historias que invento, ainda busco,
como um nomade meu caminho de volta,
meu
coração ainda sangra, meu coração ainda bate,
meu
coração ainda grita e me alerta que estou vivo,
sou
meu maior espanto, meu maior inimigo.
Meu
irmao Tuakeq, com seu manto azul turquesa me aponta uma estrela,
me
da de presente uma constelação, eu agradecido escrevo versos na
areia....
e
deixo que o vento os leva para quem quiser ouvir, o contador de
historias me agradece sorrindo ........
e
no fim do dia procuro sedento sua miragem,
e
me sinto feliz em ter essa ilusão,
e
o vento norte me acorda dos meus sonhos, com grande estardalhaço.
Me
sinto pequeno e grande ao seu lado.....senhor e escravo......ceu e
terra.....
um
azimute do seu olhar....me sinto mar e areia contigo......e apesar do
frio escuto o chamado do vento sul, e meu coração dividido, meus
sentidos entorpecidos.....talvez eu precisa de um conhaque para
sentir o gosto do seu ultimo beijo......e quanto mais eu caminho em
busca do seu lugar de sonhado oasis....vivo me perdendo. Coleciono
olhares, e empresto cores a cada encontro contigo, não consigo ler
ou mesmo entender seus sinais, você é total inscontancia, teria
que inventar uma palavra para que fosse maior que dualidades, você é
multiplicidade, não consigo acompanhar seu ritmo, queria poder ver
com olhos de senhor, não faço parte do seu universo, sou um
clandestino sem passaporte, e com visto de turista em sua vida, você
me ve como um estranho, que as vezes entra no seu cotidiano como um
cometa. Nao queira achar sentidos nessas palavras, escrevo por
compulsão por desejo e ate prazer, escrevo lembretes, alertas,
escrevo historias que vivo em todos os momentos de vida. A estrada me
chama um convite sedutor, uma caravana cigana. E novamente a
Feiticeira me encantou.